A Voz do Pastor: 23 de junho de 2013

Dom Geraldo Lyrio Rocha no programa de áudio: A Voz do Pastor. Confira, abaixo, o programa do dia 23 de junho de 2013.

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Nota da CNBB sobre a redução da maioridade penal

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou uma nota sobre a redução da maioridade penal, na quinta-feira, 16 de maio, durante coletiva de imprensa, que apresentou o balanço da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (CONESP). A CNBB “reafirma que a redução da maioridade não é a solução para o fim da violência”. Assim, a “Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano”.

“Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9)

Nota da CNBB sobre a redução da maioridade penal

O debate sobre a redução da maioridade penal, colocado em evidência mais uma vez pela comoção provocada por crimes bárbaros cometidos por adolescentes, conclama-nos a uma profunda reflexão sobre nossa responsabilidade no combate à violência, na promoção da cultura da vida e da paz e no cuidado e proteção das novas gerações de nosso país.

A delinquência juvenil é, antes de tudo, um aviso de que o Estado, a Sociedade e a Família não têm cumprido adequadamente seu dever de assegurar, com absoluta prioridade, os direitos da criança e do adolescente, conforme estabelece o artigo 227 da Constituição Federal. Criminalizar o adolescente com penalidades no âmbito carcerário seria maquiar a verdadeira causa do problema, desviando a atenção com respostas simplórias, inconsequentes e desastrosas para a sociedade.

A campanha sistemática de vários meios de comunicação a favor da redução da maioridade penal violenta a imagem dos adolescentes esquecendo-se de que eles são também vítimas da realidade injusta em que vivem. Eles não são os principais responsáveis pelo aumento da violência que nos assusta a todos, especialmente pelos crimes de homicídio. De acordo com a ONG Conectas Direitos Humanos, a maioria dos adolescentes internados na Fundação Casa, em São Paulo, foi detida por roubo (44,1%) e tráfico de drogas (41,8%). Já o crime de latrocínio atinge 0,9% e o de homicídio, 0,6%. É, portanto, imoral querer induzir a sociedade a olhar para o adolescente como se fosse o principal responsável pela onda de violência no país.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao contrário do que se propaga injustamente, é exigente com o adolescente em conflito com a lei e não compactua com a impunidade. Ele reconhece a responsabilização do adolescente autor de ato infracional, mas acredita na sua recuperação, por isso propõe a aplicação das medidas socioeducativas que valorizam a pessoa e lhe favoreçam condições de autossuperação para retornar a sua vida normal na sociedade. À sociedade cabe exigir do Estado não só a efetiva implementação das medidas socioeducativas, mas também o investimento para uma educação de qualidade, além de políticas públicas que eliminem as desigualdades sociais. Junta-se a isto a necessidade de se combater corajosamente a praga das drogas e da complexa estrutura que a sustenta, causadora de inúmeras situações que levam os adolescentes à violência.

Adotada em 42 países de 54 pesquisados pela UNICEF, a maioridade penal aos 18 anos “decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos” (UNICEF). Reduzi-la seria “ignorar o contexto da cláusula pétrea constitucional – Constituição Federal, art. 228 –, além de confrontar a Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente, as regras Mínimas de Beijing, as Diretrizes para Prevenção da Delinquência Juvenil, as Regras Mínimas para Proteção dos Menores Privados de Liberdade (Regras de Riad), o Pacto de San José da Costa Rica e o Estatuto da Criança e do Adolescente” (cf. Declaração da CNBB contra a redução da maioridade penal – 24.04.2009).

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília, nos dias 14 a 16 de maio, reafirma que a redução da maioridade não é a solução para o fim da violência. Ela é a negação da Doutrina da Proteção Integral que fundamenta o tratamento jurídico dispensado às crianças e adolescentes pelo Direito Brasileiro. A Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano.

Não nos cansemos de combater a violência que é contrária ao Reino de Deus; ela “nunca está a serviço da humanidade, mas a desumaniza”, como nos recordava o papa Bento XVI (Angelus, 11 de março de 2012). Deus nos conceda a todos um coração materno que pulse com misericórdia e responsabilidade pela pessoa violentada em sua adolescência. Nossa Senhora Aparecida proteja nossos adolescentes e nos auxilie na defesa da família.

Brasília, 16 de maio de 2013

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Presidente da CNBB em exercício

Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB em exercício

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Arquidiocese lança cartilha pastoral sobre os Grupos de Reflexão

Foi realizado no último sábado, dia 8, Encontro pastoral na Comunidade da Filosofia do Seminário São José, em Mariana, com lideranças e agentes vindos das cinco regiões pastorais da Arquidiocese de Mariana para estudo e aprofundamento de uma cartilha sobre os Grupos de Reflexão, confeccionada para servir de subsídio para as visitas às paróquias em vista da implementação da primeira urgência pastoral votada na última Assembleia Arquidiocesana sobre a “Animação bíblica, à luz dos grupos de reflexão”.

O Encontro contou com a participação de 127 pessoas e teve assessoria dos padres Luiz Cláudio Vieira, José Geraldo de Oliveira, Paulo Nobre e Marcelo Moreira Santiago. O material foi produzido a partir da equipe executiva pro-PAE (Projeto Arquidiocesano de Evangelização), organizado pelo padre José Geraldo. Segundo o coordenador arquidiocesano de pastoral, o encontro cumpriu os seus objetivos e foi muito proveitoso no sentido de preparar os agentes para as visitas às paróquias motivando os grupos de reflexão que já existem e despertando para o surgimento de novos grupos.

Ele ainda lembrou que os grupos de reflexão são um lugar privilegiado de acolhimento aos afastados, convivência fraterna, formação e centro irradiador da evangelização; são verdadeiros canteiros onde brotam as sementes da vida de nossas comunidades. Segundo ele, as comunidades paroquiais e as regiões pastorais só têm a ganhar com esse trabalho, tornando nossa Igreja mais avivada na fé e comprometida com a vida, marcada pela corresponsabilidade pastoral e evangelizadora e mais ministerial.

Foram distribuídas 3 mil cartilhas para os regionais. As paróquias, via região pastoral, podem fazer logo novos pedidos para aquisição de mais cartilhas ao valor de R$1.00 (um real) a unidade, já que cada paróquia estará recebendo a média de apenas 20 cartilhas.

Os vigários episcopais, juntamente com os padres forâneos e coordenadores de setores e a secretaria pastoral de cada regional deverão fazer o primeiro contato com as paróquias e organizar o calendário de visitas paroquiais. As visitas deverão acontecer a partir da segunda quinzena de junho até o final de setembro, pois a partir de outubro se realizam as assembleias regionais e elas deverão, entre os temas as serem tratados, fazer a primeira avaliação do encaminhado dado para esta urgência pastoral.

Padre Marcelo ainda lembrou que, em breve, será enviada nova correspondência às paróquias, orientando, com mais detalhes, os passos a serem dados, fazendo votos de que todas as paróquias abram as suas portas a esta iniciativa arquidiocesana, definida em assembleia e confirmada na reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP).

Fonte: http://www.arqmariana.com.br/

Movimento dos Atingidos por Barragens pede apoio da CNBB por uma Política Nacional

O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, recebeu para reunião a coordenação do MAB (Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens), na sede da Conferência, na terça-feira, 11 de junho. O objetivo do encontro foi estreitar laços com este Movimento que luta em defesa de famílias atingidas por barragens, na reinvidicação de políticas nacionais. No encontro, representantes do MAB pediram apoio da CNBB pela criação de uma Política de Direitos das Populações Atingidas por Barragens. O Movimento vem cobrando “do governo brasileiro e argentino esclarecimento sobre a construção as barragens prevista para a região noroeste do Rio Grande do Sul”.

Na oportunidade, a coordenação do MAB fez convite à Conferência para o Encontro Nacional do MAB, de 2 a 5 de setembro, em São Paulo, cujo tema será “Água e energia com soberania, distribuição e controle popular”. O Movimento também manifestou apoio à causa indígena no Brasil junto a CNBB. Com a vinda do Papa Francisco para a JMJRio 2013, o MAB deseja entregar uma carta ao Pontífice e pede a intermediação da Conferência dos Bispos. A reunião contou com a presença do assessor de política da CNBB, Pe. Geraldo Martins e equipe do MAB: Joselir Artioli, Evandro Nesello, Kelly Patrícia Galdino e Antônio Claret Fernandes. Em julho, está previsto ato de lançamento do Encontro Nacional do MAB na CNBB.

Fonte: CNBB

Viva o Sagrado Coração de Jesus!

Tradicionalmente, o mês de junho é devotado ao Sagrado Coração de Jesus e são muitas as expressões de amor e devoção que acontecem em nossa Paróquia. Temos a Festa do Sagrado Coração de Jesus que acontece na comunidade do Paraíso, no dia 8 de junho e, também, a celebração da santa Missa, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, que acontece todas as primeiras sextas-feiras de cada mês, às 7h da manhã, na Igreja Matriz de Fátima, junto com o Apostolado da Oração. E é claro não podemos nos esquecer da bela homenagem feita pelas crianças ao coroarem a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Sendo assim, vejamos, abaixo, dois depoimentos que nos motivam a confiar e acreditar que somos acolhidos, amados e perdoados pelo Sagrado Coração de Jesus.

“A minha devoção ao Sagrado Coração de Jesus vem desde quando eu era muito jovem. Quando meus filhos eram muito pequenos, já surgia em mim a fé no Sagrado Coração de Jesus e Sagrado Coração de Maria. No entanto, somente mais tarde, quando meus filhos já estavam crescidos que realmente aprofundei nesta devoção. Sou muito feliz e agradeço muito a Deus por tamanha proteção que vejo em volta de minha vida e de toda minha família. Devo tudo isso ao Sagrado Coração de Jesus que nunca me falta.”
Efigênia de Freitas Carneiro da Silva – Comunidade Bela Vista

“O Sagrado Coração de Jesus existe em minha vida desde a minha infância, quando meus pais, meus tios e toda a minha família já viviam esta espiritualidade. Lembro-me bem que meu bisavô ajudou a construir uma igreja pequena em Ubá, e lá todos da minha família ajudavam a zelar por esta Igreja. Nós todos fazíamos de forma bem artesanal, com azeite, a luz para iluminar o Santíssimo. Carregávamos água na lata para poder limpar a Igreja, pois minha avó nos ensinava que tínhamos que zelar pela casa de Jesus. Eu tive uma criação toda voltada para a espiritualidade dentro do Apostolado da Oração. Tudo isso tem feito muito bem para a minha vida e de toda a minha família. Todos os dias, em minhas orações, sinto confiança no Sagrado Coração de Jesus e sou muito feliz por isso.”
Neide Queiroz Rodrigues – Coordenadora do Apostolado da Oração

Que toda Pastoral tenha uma perspectiva missionária

Uma igreja fechada em si mesma não favorece o amadurecimento da fé. Alimenta a busca de um Deus “Mágico”, que soluciona nossos problemas, enquanto o Deus revelado por Jesus nos convida a transformarmos a realidade pela vivência da solidariedade e da partilha. Alimenta, também, a imagem de um Deus que premia o bom e castiga o mal. Assim, muitas vezes, buscamos fazer o bem para termos Deus como nosso aliado. A motivação de nossas ações não é o outro, mas o nosso próprio bem e interesse. Falta-nos, assim, a leveza e a alegria que são marcas dos verdadeiros discípulos de Jesus.
A motivação para nossos trabalhos pastorais deve brotar do nosso coração, como uma resposta gratuita ao amor de Deus por nós. Não se trata de cumprir um “mandamento”, mas em descobrir e experienciar que somos “todos” filhos amados de Deus. O Deus, Pai e Mãe, revelado por Jesus.

A proposta evangélica não pode ser vivida como uma busca angustiada de salvação pessoal. O perfeccionismo nos aprisiona em nosso orgulho, num projeto fechado em nosso próprio esforço. Precisamos reconhecer que somos frágeis, limitados, pecadores, mas amados em nossa fragilidade. Somos pecadores amados. Não devemos pensar, entretanto, que, ao nos revelar o Deus Misericordioso, Jesus tenha adotado uma atitude complacente em relação ao pecado. Somos sabedores da radicalidade de suas posições, das exigências feitas a quem deseja caminhar com ele. Ao nos ensinar a chamar Deus de “Pai Nosso”, deixou claro que precisamos viver como irmãos. Sem contemplação, sem oração, a vida cristã é inconcebível. Mas sem solidariedade com os pobres também não há vida cristã. Eis, pois, duas dimensões que é preciso manter unidas.

Movidos por esta certeza, o grupo de animação missionária de nossa paróquia vem motivando as comunidades a fazerem a experiência das visitas missionárias (que já aconteceram nas comunidades Nossa Senhora Aparecida – Posses e São Francisco de Assis – Juquinha de Paula). Colocar os pés no caminho nos ajuda a conhecermos melhor a realidade, para melhor orientarmos nossas ações pastorais. Quando abrimos nosso coração para o encontro com o outro, abrimos espaço para que o Espírito Santo abra nossos olhos e ouvidos para não ficarmos indiferentes ao clamor por vida verdadeira que habita os corações humanos.