Iniciamos o novo ano com muita esperança. Mas o que esperamos? Interessante percebermos que boa parte dos cartões que recebemos nas festas de fim de ano vem com os dizeres “Um próspero Ano Novo” e “Um ano novo cheio de realizações”.
É isso mesmo que queremos? É verdade, desejamos a felicidade, é isso que procuramos. Mas nossa felicidade se encontra somente na prosperidade e nas realizações? Creio que não.
Tenho percebido e aprendido, nestes anos de vida com Deus, que o grande desafio é vivermos a felicidade na realidade de nossas vidas, inclusive nas adversidades.
O que esperamos afinal, o que pode nos trazer uma felicidade plena, verdadeira? O Catecismo da Igreja nos ensina que “a virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; assume esperanças que inspiram as atividades dos homens; purifica-as, para ordená-las ao Reino dos céus, protege contra o desânimo; dá alento a todo esmorecimento, dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade”. Penso que, nestas palavras, podemos encontrar um caminho para nossa reflexão.
Se há uma felicidade colocada por Deus em nosso coração, a esperança é a grande chave para a atingirmos. Protegendo contra o desânimo, nos dando forças para caminhar, mesmo quando tudo está difícil. Santa Teresinha tem me ensinado que “Tudo se alcança de Deus na medida em que esperamos” e o que esperamos de Deus é Ele mesmo.
Saúde, prosperidade material, êxito em nossos empreendimentos, estima dos homens ou favores espirituais, fim de tal provação; tudo isso deve estar subordinado à consecução do nosso fim último, Deus. Peçamos a Ele que esta virtude cresça e floresça em nossos corações para darmos um verdadeiro testemunho cristão.