Arquidiocese de Mariana

A diocese é uma porção do Povo de Deus confiada ao pastoreio do Bispo com a cooperação do presbitério, de modo tal que, unindo-se ela a seu pastor e, pelo evangelho e pela Eucaristia, reunida por Ele no Espírito Santo, constitua uma Igreja Particular, na qual está verdadeiramente presente e operante a Igreja de Cristo una, santa, católica e apostólica. (cânon 369)

 

História

A diocese de Mariana foi criada em 1745, pelo Papa Bento XIV, juntamente com a diocese de São Paulo através da bula papal “Candor lucis aeternae”. Foi a sexta diocese a ser criada no Brasil após a da Bahia (1555), Rio de Janeiro (1676), Olinda (1676), Maranhão (1677) e Pará (1719). Antes da criação da diocese de Mariana a Província das Minas Gerais estava ligada ao bispado do Rio de Janeiro.

O primeiro bispo da diocese de Mariana foi Dom Frei Manoel da Cruz, cisterciense da família de São Bernado. Transferido do Maranhão onde, por sete anos, serviu, com edificante zelo, aceitou, com entusiasmo apostólico, sua transferência para Mariana, aonde conseguiu chegar depois de uma viagem de 4.000 quilômetros, pelo interior brasileiro, durante quatorze meses. Sua posse se deu em 17 de dezembro de 1748. No dia 1º de maio de 1906, o Papa São Pio X elevou a diocese de Mariana à categoria de arquidiocese.

O território coberto pela diocese primaz de Minas, aproximadamente um quinto do Estado, a região mineira então habitada (centro e sudeste), hoje está repartido entre seis províncias eclesiástics e se subdividiu em vários bispados como Diamantina, Pouso Alegre, Campanha, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Leopoldina, Caratinga, Luz, São João Del Rei e Itabira.

Atualmente a arquidiocese de Mariana possui uma área de aproximadamente 22.666 km² e uma população estimada em 1.115.531 hab. Compreende 79 municípios mineiros e possui 123 paróquias. O clero diocesano é formado por 162 presbíteros e há também aproximadamente 30 presbíteros de diversas congregações religiosas.

Até hoje, Mariana já teve oito bispos e cinco arcebispos. Sete vieram de congregações religiosas (dois franciscanos, um cisterciense, um dominicano, um lazarista, um salesiano e um jesuíta) e seis vieram de clero diocesano. São eles:

  1. Dom Frei Manoel da Cruz (1748-1764)
  2. Dom Joaquim Borges de Figueiroa (1772-1773)
  3. Dom Bartolomeu Manuel Mendes dos Reis (1773-1779)
  4. Dom Frei Domingos da Encarnação Pontével (1779-1793)
  5. Dom Frei Cipriano de São José (1798-1817)
  6. Dom Frei José da Santíssima Trindade (1820-1835)
  7. Dom Antônio Ferreira Viçoso (1844-1875)
  8. Dom Antônio Maria Correa de Sá e Benevides (1877-1896)
  9. Dom Silvério Gomes Pimenta (1897-1922)
  10. Dom Helvécio Gomes de Oliveira (1922-1960)
  11. Dom Oscar de Oliveira (1960-1988)
  12. Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida (1988-2006)
  13. Dom Geraldo Lyrio Rocha (2007-2018)
  14. Dom Airton José dos Santos (desde 23/06/18)

A arquidiocese ainda contou com a presença dos seguintes bispos auxiliares: Dom Silvério Gomes Pimenta (1890-1896), Dom Modesto Augusto Vieira (1914-1916), Dom Daniel Tavares Baeta Neves (1947-1958).

 

Biografia: Dom Airton José dos Santos

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O sexto arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos nasceu na cidade de Bom Repouso, no Sul de Minas Gerais, no dia 25 de junho de 1956, primeiro dos sete filhos do casal José Julião dos Santos e Benedita Vieira da Fonseca. Em 1964, a família mudou-se para a Vila Vivaldi, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, onde permaneceram até 1967, quando se mudaram para a Vila Sacadura Cabral, na cidade de Santo André.

Em 1979, aos 23 anos, o jovem Airton ingressou no Seminário da Diocese de Santo André. Realizou o curso de Filosofia no período de 1979 a 1981, nas Faculdades Associadas do Ipiranga (FAI), em São Paulo, obtendo o título de Bacharel em Filosofia com Licenciatura Plena. No ano seguinte, em 1982, ingressou no curso de Teologia da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, no Ipiranga, em São Paulo. Foi ordenado diácono no dia 31 de agosto de 1985 e presbítero no dia 8 de dezembro do mesmo ano, por Dom Cláudio Hummes, então Bispo da Diocese de Santo André.

Em 1987 nomeado como diretor e formador na Casa de Formação dos Seminaristas da Filosofia do Seminário Diocesano de Santo André, cargo que ocupou até o final de 1997. Neste período, entre 1986 e 1997, exerceu outros serviços na Diocese como vigário regional da Região Pastoral de Diadema; coordenador diocesano da Pastoral Vocacional; administrador paroquial da Paróquia Imaculada Conceição, em Diadema; coordenador diocesano da Pastoral Familiar; membro do conselho de presbíteros; e membro do colégio de consultores.

No período de agosto de 1998 a junho de 2000 permaneceu em Roma, residindo no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, onde obteve o título de Mestre em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

De volta a Santo André, em outubro de 2000, foi nomeado por Dom Décio Pereira, bispo diocesano, como chanceler do bispado e, em setembro do mesmo ano, como Ecônomo da Diocese. No dia 18 de março de 2001, foi nomeado pároco da catedral diocesana de Santo André, sucedendo a Dom Manuel Parrado Carral, então nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo.

No dia 19 de dezembro de 2001 foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Bispo Titular de “Felbes” e Auxiliar para a Diocese de Santo André. Recebeu a Ordenação Episcopal no dia 2 de março de 2002, em São Bernardo do Campo, Diocese de Santo André, sendo sagrante Dom Décio Pereira e Co-Sagrantes Dom David Picão e Dom Manuel Parrado Carral. Dom Airton escolheu como lema episcopal “Ut faciam Deus, voluntatem tuam” (Hb 10,9), que quer dizer: “Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”.

Com o falecimento do Bispo Diocesano, Dom Décio Pereira, no dia 5 de fevereiro de 2003, Dom Airton foi eleito pelo colégio de consultores como administrador diocesano de Santo André, cargo que ocupou até a nomeação de Dom Nelson Westrupp. Dom Airton permaneceu como Bispo Auxiliar em Santo André, exercendo as funções de acompanhamento das Pastorais Familiar, da Juventude, da Educação e do Ensino Religioso e a função de Secretário do Conselho Episcopal do Regional Sul 1 da CNBB.

No dia 4 de agosto de 2004, o Papa João Paulo II o nomeou Bispo da Diocese de Mogi das Cruzes, onde tomou posse canônica no dia 26 de setembro de 2004. Na 74ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, realizada entre os dias 7 de 9 de junho de 2011, em Aparecida, Dom Airton foi eleito Presidente do Sub-Regional São Paulo II e Presidente da Comissão para a Liturgia.

No dia 15 de fevereiro de 2012, o Papa Bento XVI nomeou Dom Airton como o 7º Bispo e 5º Arcebispo Metropolitano de Campinas. Em 15 de abril de 2012, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora Auxiliadora, em Campinas, tomou posse acompanhado de diversos arcebispos e bispos, padres, religiosos e grande multidão de fieis.

Após aceitar a renuncia de ao governo pastoral da Arquidiocese de Mariana, apresentada por Dom Geraldo Lyrio Rocha, tendo completado 75 anos, Dom Airton foi nomeado arcebispo desta Igreja particular no dia 25 de abril de 2018. Sua posse canônica foi realizada no dia 23 de junho de 2018.

Biografia: Dom Geraldo Lyrio Rocha (Bispo Emérito)

DomGerarldo
Dom Geraldo Lyrio Rocha é o 5º arcebispo de Mariana. Nasceu em Fundão (ES),14 de março de 1942. Realizou seus estudos iniciais em sua cidade natal, o ensino médio no Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória e no Seminário Nossa Senhora da Penha, em Vitória. Estudou Filosofia no Seminário Coração Eucarístico, em Belo Horizonte e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.Fez mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma. Especializou-se emLiturgia, pelo Pontifício Instituto Santo Anselmo, também em Roma. Foi ordenado presbítero no dia 15 de agosto de 1967.

No dia 14 de março de 1984, o Papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Vitória, no Espírito Santo, com a sede titular de Thelepte. Recebeu a ordenação episcopal no dia 31 de maio de 1984, em Vitória, no Espírito Santo, das mãos de Dom Silvestre Luís Scandián, Dom Arnaldo Ribeiro e Dom Florentino Zabalza Iturri. No dia 23 de abril de 1990, o Papa João Paulo II o nomeou primeiro bispo diocesano de Colatina. No dia 16 de janeiro de 2002, João Paulo II o designou para ser Arcebispo de Vitória da Conquista. O Papa Bento XVI o nomeou no dia 11 de abril de 2007, arcebispo de Mariana, assumindo essa função no dia 23 de junho de 2007.

 

Organização pastoral

Para fomentar a comunhão e a articulação entre as paróquias numa área determinada, existem as foranias ou setores. Este nível de organização permite que os fiéis superem os limites de suas comunidades e paróquias, alargando os horizontes de seu conhecimento, da expressão da sua fé e possam ter uma experiência mais ampla de comunhão e missão eclesial.

Entretanto, a experiência demonstrou que era conveniente promover a descentralização de algumas tarefas na arquidiocese, conservando no entanto uma unidade além das foranias. Surgiram assim, cinco Regiões Pastorais (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro), que gozam de uma certa autonomia sob a direção de um Vigário Episcopal, escolhido pelo bispo, ouvido o parecer da região. A região norte reúne as foranias de Mariana, Ouro Preto e Santa Bárbara. A região sul inclui as foranias de Barbacena, Alto Rio Doce e Rio Pomba. A região leste é constituída pelas foranias de Ponte Nova, Viçosa e Abre Campo. Já a região oeste se divide nos setores de Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Entre Rios de Minas e Cristiano Otoni. E a região centro, do mesmo modo, nos setores de Piranga, Presidente Bernardes e Rio Espera.

A Região Pastoral tem permitido um exercício mais frequente de encontros, formação permanente, administração econômica e convocação de assembléias. A unidade de comunhão e missão da arquidiocese de Mariana é assegurada pelo ministério episcopal, pela união do presbitério, pelos conselhos, comissões pastorais e assembléias de nível arquidiocesano.

 

Região Mariana Leste

A região mariana leste é formada por 38 paróquias e 4 quase-paróquias. Há muitas conquistas, entre elas o fortalecimento da foranias, o crescimento da comunhão, do serviço e da missão. Também há muitos desafios: desemprego generalizado, decadência da produção e comércio da cana de açúcar, a falta da presença eclesial no meio universitário, grande incidência de tráfico e consumo de drogas, grande investida de empresas nacionais e estrangeiras na construção de barragens nos rios da região (atualmente há 19 projetos em andamento). Uma igreja solidária e comprometida com estas causas vai sendo forjada, graças ao esforço de leigos, ministros ordenados e religiosas, como também pela acolhida e encaminhamento das decisões pastorais de nossas assembléias. É a região na qual está inserida a paróquia Nossa Senhora de Fátima.

 

 

 

Vigário Episcopal: Pe. Walter Jorge Pinto
Secretária: Ana Luiza Ferreira
Endereço: Av. Dr. José Mariano, 596 – Palmeiras – CEP: 35430-228 – Ponte Nova – MG
Tel/Fax: (31) 3817-4365
E-mail: rleste@pontenet.com.br