Acolher verdadeiramente

Acolher  Verdadeiramente

É difícil pensar no caminho de discípulo missionário de Jesus sem pensar na necessidade de uma ação acolhedora e libertadora por parte de todos aqueles que querem construir o reino de Deus na vida do mundo.

Lucas (Lc 11,33) nos ensina: a lâmpada acesa deve estar posicionada para clarear todos que entram na casa. O discípulo ou discípula de Jesus deve tomar posição favorável a fim de que a Luz, que é Jesus, possa iluminar a vida de todos, especialmente dos que estão às margens.

Neste tempo, todos os sinais apontam a necessidade de revermos os nossos conceitos a respeito da vida eclesial e conformar a nossa vida com os ensinamentos de Jesus, que anuncia e denuncia, mas cheio de amor e compaixão acolhe e toma para si as dores do seu povo.

Uma igreja que quer se colocar a serviço de Jesus não pode pensar para dentro de si mesma, deve ter seu pensamento voltado para as margens onde estão os preferidos de Jesus, os rejeitados por todos, os excluídos da vida social, os banidos dos seus direitos, os afastados da dignidade de serem chamados filhos e filhas de Deus, acolhendo-os a partir do coração. Não existe outra forma de acolher verdadeiramente o outro a não ser a acolhida que brota do coração capaz de nos colocar no mesmo patamar do outro, partilhando dores e sofrimentos; só assim, podemos compreender e ser compreendidos.
Olhando para Jesus, que tomou sobre si as nossas faltas e dores e, assim, nos resgatou da morte para a vida, nos comunicando o seu amor de Pai. Anunciar Jesus Cristo pressupõe deixar que este amor transborde do nosso coração nos fazendo verdadeiras testemunhas.

O sinal vital de uma verdadeira acolhida é a convivência gerada a partir do encontro; do contrário, é apenas um encontro, que passa sem deixar marcas capazes de gerar fraternidade e nos deixar dispostos a nos doar no resgate de todos os excluídos, mal amados, rejeitados e esquecidos. Sendo assim, não corramos o risco de deixar de acolher o próprio Jesus, pois todos aqueles que acolhem a um de seus pequeninos também acolhem a Jesus Cristo (Mt 25,40).

8ª Assembleia: é hora de revisar

Em setembro de 2013, celebraremos o segundo aniversário da 8ª Assembleia Paroquial de Pastoral, que aconteceu por consequência das discussões nos Grupos de Refl exão em torno dos temas: Fazer memória para construir uma nova história; Descentralização pastoral e ministérios leigos; Comunidade, lugar de unidade e serviço; e Igreja comprometida com a sociedade a partir dos pobres.

Por meio dos Grupos de Refl exão, em primeira instância, vários paroquianos avaliaram a Assembleia anterior, levantando sugestões de atuação Pastoral para a 8ª Assembleia. Após isso, a preparação se fortaleceu com as assembleias comunitárias e, por fi m, todos puderam participar efetivamente da Assembleia Paroquial.

O resultado dela é que os delegados (pessoas indicadas nas assembleias comunitárias) assumiram o compromisso de construir um projeto que atendesse as necessidades paroquiais. Assim, com a graça de Deus, as propostas foram surgindo e o projeto foi tomando corpo.

O trabalho foi fundamentado, principalmente, nos rostos dos excluídos apresentados pelas comunidades. Com isso, o lema da assembleia se transformou no compromisso comum de que ninguém se sentisse excluído, mal amado, rejeitado ou esquecido.

Com o desejo de melhor servir como discípulos missionários de Jesus, nos reuniremos para avaliar a caminhada destes dois anos e, assim, acertar o passo para mais um ano a fi m de alcançarmos ou aproximarmos o máximo possível do objetivo de sermos uma igreja missionária comprometida com o evangelho, testemunhas fi eis de Jesus Cristo.