Chega ao fim o pontificado de Bento XVI

A renúncia do papa Bento XVI começou a valer oficialmente às 20 horas desta quinta-feira, dia 28, no Vaticano, 16 horas de Brasília. O pequeno destacamento da Guarda Suíça, em frente à residência papal no Vaticano, fechou a porta dos aposentos papais, que só voltarão a ser ocupados pelo próximo pontífice.

Começa assim o período da Sé Vacante, em que a Igreja Católica fica provisoriamente sem líder, e os cardeais se organizam para escolher um sucessor.

Bento XVI deixou o Vaticano cerca de três horas antes rumo à residência papal de verão, em Castel Gandolgo, onde deve ficar cerca de dois meses. Depois disso, o agora papa emérito vai se estabelecer em um mosteiro no Monte do Vaticano.

Após a renúncia, o decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, deve formalmente, nesta sexta-feira, convocar o conclave, reunião secreta de cardeais que define, pelo voto secreto, quem vai ser o próximo pontífice. As primeiras reuniões para definir a data de início do conclave devem ocorrer em 4 de março, segundo a Rádio Vaticano.

Logo após os portões serem fechados simbolizando o desligamento de Bento XVI como Pontífice, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo da Arquidiocese de Aparecida (SP), cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, fez um pronunciamento relatando seu último encontro com o papa, realizado na manhã desta quinta-feira, e comentou o momento que a Igreja vive a partir de agora.

“Foi um momento muito importante e comovente esse encontro de Bento XVI entre os cardeais. Ele nos lembrava que o Colégio dos Cardeais têm representantes do mundo inteiro, sinal da universalidade da Igreja, comparando como uma orquestra, produzindo em união uma bela harmonia, indispensável para o fortalecimento e união da Igreja.

Bento XVI deixa para todos nós um exemplo de humildade e de grande amor à Igreja. Ele nos deixa a riqueza de seu magistério; em suas encíclicas, documentos, pronunciamentos. Somos gratos a Bento XVI. Ele é uma pessoa humilde, realista, de alma muito forte, de uma grandeza”, afirmou.

Questionado sobre uma possível crise dentro da Igreja, dom Damascenos afirmou que “a Igreja não está dividida, em crise, como andam falando. Encontrei aqui, em Roma, um espírito de muita cordialidade e fraternidade” reforçou.

“Toda a Igreja, a partir de agora, está unida rezando e pedindo ao Espírito Santo que nos ilumine para escolhermos aquele que Deus quer para conduzir sua Igreja”, finalizou o cardeal.

Após o exato momento em que iniciou o período da Sé Vacante a presidência da CNBB enviou carta aos bispos falando sobre esse momento. Confira aqui o comunicado publicado na página da instituição na internet.

Fonte: Site da Arquidiocese de Mariana (http://www.arqmariana.com.br/)

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