Ouvindo a música Certas Coisas do padre Jorge Trevisol, comecei a pensar sobre o sentido da vida e da morte. Em certo trecho , ele afirma que um dia a vida vai nos perguntar o que fizemos com os nossos sonhos, o nosso jeito de amar e sobretudo o que deixaremos para as pessoas que vão continuar no mundo.
Este trecho da música faz-nos recordar o sentido da vida e o que celebramos no dia de finados. Para muitos é um dia de tristeza, pois é dia recordar aqueles que amamos e que não se encontram junto de nós; mas para o cristão é um dia de celebrar a vida, fazer memória dos entes queridos, pessoas que de alguma maneira deixaram suas marcas em nossa vida.
É hora de recordar suas histórias, seus sorrisos, o legado que deixaram conosco . É tempo de recordar que o autor da vida também experimentou a morte para vencê-la de uma vez por todas, trazendo-nos a esperança e a certeza da vida eterna.
À luz da fé, a morte é uma passagem que nos conduz para a visão da glória divina. Por isso finados não pode ser um dia de tristeza, de lamentações, mas um dia de saudades. Dia de fazermos um balanço sobre a efemeridade da nossa vida terrestre e nos questionar o sobre o que fizemos ou estamos fazendo para tornar o mundo melhor e a vida das dos nossos irmãos , como temos vivido a gratuidade, o amor, a justiça,os valores do Reino.
Parar para refletir sobre a vida, ajuda-nos a preparar para viver a eternidade, pois um dia seremos chamados deste mundo e não podemos nos apresentar diante de Deus com as mãos vazias. Oxalá vivêssemos de tal forma, que ao final da nossa vida, retomando as palavras de São Paulo pudéssemos dizer ” combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça que o Senhor dará a mim e a todos que esperam sua manifestação gloriosa”.
Sonia Maria Barbosa