Em um tempo de tantas mudanças, o perfil do discípulo missionário deve ser reinventado, pois não podemos sair para a missão certos do que fazer, do que falar. Devemos sim estar dispostos a enxergar as diversas realidades que coexistem em um mesmo mundo.
É preciso ouvir/sentir com o coração e acolher aqueles e aquelas que encontramos pelo caminho, como bem nos orienta o Documento de Aparecida, ao nos dizer que a Igreja tem muito o que falar aos jovens, mas também tem muito o que escutar deles.
Por meio desta orientação, nós somos convidados a dialogar com a juventude, uma vez que as relações mais saudáveis são aquelas em que há diálogo, onde as angústias, os anseios e as alegrias são expostos, permitindo, assim, construir um caminho para que os tantos “projetos de vida” sigam o seu curso e satisfaçam de modo mais pleno seus envolvidos.
Mas PARA ONDE ir? Para onde Tu quiseres Senhor…sem medo, sem apego e, sobretudo, com muita fé, na esperança de ser e fazer um mundo melhor…o mundo que Deus pensou ao criar e recriou ao enviar seu Filho, nossa imagem e semelhança.
E PARA junto de QUEM? Para junto da juventude, nas suas aflições e aspirações, sejam elas afetivas, culturais, religiosas, econômicas e sociais. É necessário estar entre os jovens e com os jovens cotidianamente, participando de suas lutas por uma vida digna que lhes garanta trabalho, lazer, esporte, educação de qualidade, cultura, entre outros.
Ouso dizer que comungar da vida da juventude desperta em nós tamanha coragem, irreverência e alegria como que ao comungarmos o Cristo Ressuscitado e somos Eucaristia com Ele, com eles.
Vamos lá! Permita-se! Diga: Eis me aqui, Senhor, envia-me… para lá, para cá, para onde Tu quiseres!