Realizada anualmente pela igreja, a campanha da fraternidade aborda temas importantes com o objetivo de despertar a atenção e a solidariedade, bem como buscar soluções para os problemas apontados. Este ano trouxe em discussão o tema: Fraternidade e Tráfico Humano, “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
O tráfico humano, também chamado de tráfico de pessoas, é uma atividade ilegal, pois, com enganosas promessas, membros de quadrilhas conseguem facilmente o aliciamento de muitos, que são ludibriados por pessoas que oferecem empregos com alta remuneração. Esses “agentes” atuam em escala regional, nacional e internacional, privando os indivíduos de liberdade, quando só sonhavam com um futuro melhor. Portanto, o tráfico de pessoas consiste no ato de comercializar, escravizar, explorar, privar vidas, envolvendo diversas faixas etárias, sendo as vítimas obrigadas a realizar trabalhos forçados sem qualquer tipo de remuneração.
Segundo o Papa Francisco “o tráfico de pessoas é uma atividade ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas” (texto base CF/2014). Trata-se de um crime muito bem organizado, disseminado em todo o país. Uma realidade quase invisível, que faz da pessoa uma mercadoria e, silenciosamente, vem produzindo grande número de vítimas.
Somos desafiados a nos comprometer direta, ou indiretamente, para que se articulem ações que façam cumprir em toda, e qualquer, política pública a condição humana, pois essa situação rompe com o projeto de vida e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus.
Que esta Campanha suscite ações e parcerias que contribuam para a erradicação dessa chaga desumanizante que impede pessoas de trilharem seus caminhos.