Uma das experiências mais marcantes de minha vida sacerdotal foi o acompanhamento como assessor da Pastoral da Juventude nas Regiões Leste e Centro e na Arquidiocese de Mariana. Por mais de 10 anos, tive a alegria de estar presente junto à juventude em encontros, reuniões, assembleias, retiros, seminários, celebrações ou em muitos momentos informais. Que experiência! Que riqueza! Que Graça de Deus. “Jovem, levanta-te. E o jovem começou a falar”.
Esta palavra bíblica está no Evangelho de S. Lucas, capítulo 7, no episódio da Ressurreição do jovem, filho da viúva da cidade de Naim. Jesus se dirige ao jovem que estava sendo carregado e lhe diz: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te” (Lc 7,14). Por acreditar na força, na capacidade, no protagonismo da juventude, Jesus não aceita que a juventude seja carregada. Jesus não admite que o jovem fique passivo, quieto, “como morto”, mas chama à responsabilidade, convoca a juventude: Levanta-te.
“E O JOVEM COMEÇOU A FALAR”. Dê espaço, dê crédito à Juventude, incentive a juventude a viver seu protagonismo e você verá uma revolução de amor, de alegria e de verdadeira transformação. Quando D. Luciano me convidou a assessorar a Pastoral da Juventude na Arquidiocese, ele me disse: “Caminhe com os Jovens, fique do lado deles, tenha “paixão” por eles, deixe-os agir e a Pastoral da Juventude vai acontecer na nossa Arquidiocese”.
Foi uma rica experiência conviver com a PJ. Quantos momentos difíceis vivemos! E a juventude não se abateu. Quantas experiências marcantes, momentos de vitórias, de aprendizado, momentos de profetismo! E a Juventude vibrou, celebrou e demonstrou sua fé e dinamismo.
A Juventude falou, sua voz foi ouvida e muito foi realizado. Verdadeiras ações transformadoras vão acontecendo nesta Arquidiocese. A ação transformadora é, antes de tudo, uma ação libertadora; parte das necessidades das pessoas e busca atacar as raízes do problema. Faz com que todos participem. Não fica reduzida somente à esfera do pessoal, mas procura incidir na realidade social. Ser agente transformador é ser fermento na massa, é fazer da própria vida um testemunho de fé, da presença de Jesus Cristo na vida e na história.
A PJ me ensinou muito. Com a Juventude aprendi a ser padre.