É sempre bom falar de Maria, sobretudo neste mês que fazemos homenagem a esta grande mulher, a mãe de Jesus, a nossa Mãe. E falar de Maria, é falar de doação, de entrega, de adesão total ao projeto de Deus. Tudo começa no anúncio do Anjo, quando ao ser chamada, com toda sua simplicidade, humildade e inocência, Maria responde “sim” à vontade de Deus e ao pensar sobre esse “sim”, podemos ver que não foi um “sim” da boca pra fora, muito menos um “sim” inseguro que viesse a se tornar um “não” depois; foi um “sim” verdadeiro e, sobretudo, silencioso.
O Papa Francisco, em sua homilia por ocasião da Jornada Mariana do Ano da Fé em outubro de 2013, denomina Maria como a “jovem simples de Nazaré, que não vive nos palácios do poder e da riqueza, que não realizou feitos extraordinários, mas que está disponível a Deus, sabe confiar n’Ele mesmo não entendendo tudo”. E é exatamente assim que Maria foi, um verdadeiro significado de entrega e de grande fé no projeto de Deus. Maria deixa surpreender-se por Deus, sai de si mesma e segue ao Pai.
Dessa forma, ela se faz o exemplo mais bonito de vocação e com isso, nos deixa alguns questionamentos: Deixamos Deus entrar realmente em nossas vidas? Como temos respondido aos chamados de Deus? Deixamo-nos surpreender por Deus ou nos fechamos em nossas seguranças, em nossas acomodações?
E quando nos fazemos esses questionamentos, não podemos fazer de forma superficial, devemos ter noção de que o “sim” de Maria foi um “sim” contínuo: ela disse “sim” na alegria, mas também nos momentos de dor e sofrimento, até mesmo aos pés da Cruz. Outra característica do “sim” de Maria foi o silêncio. Maria não reclamava dos fardos da vida, muito menos se fazia de coitada… e quantas vezes reclamamos e achamos pesada demais qualquer situação de dificuldade que passamos?
É preciso que percebamos a presença e a misericórdia de Deus em nossas vidas para que sejamos fiéis sempre, a começar pelas ações quotidianas. Deus nos chama à fidelidade, independente de nossas limitações, de nossos pecados, ele nos ama e nos quer sempre bem. Para isso, sigamos o exemplo de nossa querida Mãe, que nos tornemos sensíveis e permaneçamos de pé nos momentos de alegria e também nos de tristeza.