Toda e qualquer ação que deseja ser eficaz precisa ser planejada. É impossível obter bons resultados se o que desejamos fazer não é, antes da própria concretização da ação, refletido e analisado.
O próprio Jesus nos aconselha a isso: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele” (Lc 14, 28s).
Contudo, planejar ainda é um desafio. E na Igreja não é diferente. Estamos pouco habituados a planejar nossas ações. Nossos “planejamentos” se resumem, na maioria das vezes, a estipular datas para determinadas atividades aleatórias ou avulsas, sem nenhuma relação com o processo pastoral que se está vivendo. Infelizmente, somos muito marcados pela ânsia de “querer fazer alguma coisa”. O problema que esta “ânsia” reduz toda a ação pastoral a uma mera prática. E a prática pela prática não nos leva a lugar algum.
As atuais Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, no seu último capítulo, abordam justamente essa questão do planejamento. No número 122, recorda o que nos diz a conferência de Puebla: “a ação pastoral planejada é a resposta específica, consciente e intencional, às necessidades da evangelização”. Penso que, preparando-nos para iniciar um novo ano, é fundamental incluir, em nossas conversas e atividades, um tempo para avaliar 2012 e planejar 2013.
Sem um bom planejamento, todo nosso esforço de ação será em vão!