Quando reflito sobre o que é ser mãe, não consigo formular uma resposta rápida e curta. A sensação inicial foi de insegurança e de incerteza diante de tantos desafios que esse novo caminho apresenta: ser capaz de cuidar, de proteger, de zelar, de acolher. Enfim, de dar a vida para que outra pessoa fosse gerada em mim.
Agora, no final da gestação, consigo compreender que ser mãe é participar do grande milagre da vida! Digo isso porque apenas participo desse milagre, pois quem concebe a vida não é só a mulher, mas o homem e a mulher, que através do amor que é fecundo, se abrem à grande obra da Criação.
Que bonito isso! Podermos colaborar com o Criador e sermos capazes de gerar um ser tão amado e desejado por Ele! Como nos recorda o profeta Jeremias: “Antes que no seio materno fosse formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado” (Jr 1,5). Penso que ser mãe é mais que um dom (presente) de Deus, mas é sonhar o sonho de Deus. Ou melhor, é realizar o sonho de Deus! É o próprio Deus que anseia pela vida e quer gerar a vida em nós e, se nos abrimos a esse ato, Ele vem nos visitar, como expressa os versos de uma música que aprecio: “Tudo é sinal do amor de Deus por cada um de nós” e “tudo mostra quão bonito é o que Deus criou”.
Acredito que ser mãe é cumprir a preciosa missão que Deus confiou às mulheres: tecer, guardar e doar a vida. E nossa maior inspiração é a mulher que expressou fielmente a ternura e o acolhimento de Deus: Maria. Que Ela nos ajude a sermos colaboradoras da Criação e cuidadoras da vida!