A Quaresma, que tem como finalidade não só preparar a Igreja para a Páscoa, mas fazer com que o mistério da Páscoa seja vivido já na sua primeira vertente de paixão, pode ser considerada, sob a guia dos textos litúrgicos, como subida com Cristo para Jerusalém, a fim de partilhar o seu mistério pascal.
A Semana Santa, chamada popularmente de “semana maior”, começa com o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor. É a semana em que recordamos a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, ato supremo da redenção da humanidade. Neste domingo, aclamamos Jesus como o Messias que vem realizar as promessas dos profetas e instaurar definitivamente o Reino de Deus, da paz, da fraternidade e do amor. Vem nos salvar. Jesus, humildemente, entra em Jerusalém montado em um manso jumentinho, pois ele é o príncipe da paz. Não entra com cavalaria de guerra, pois o cavalo é instrumento bélico, expressão da força e do poderio militar da época. Foi aclamado e reconhecido, por muitos, como o rei dos reis. Os ramos são sinais e testemunho da fé em Cristo e na sua vitória pascal.
Homilia do Domingo de Ramos
Tríduo Pascal, os três dias santos em que a Igreja faz memória do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. O Filho de Deus, após fazer-se homem em obediência ao Pai, tornando-se em tudo semelhante a nós, exceto no pecado (cf. Heb 4,15), aceitou cumprir até o fim a sua vontade, de enfrentar por amor a nós a paixão e a cruz, para fazer-nos participantes da sua Ressurreição, a fim de que n’Ele e por Ele possamos viver para sempre, na consolação e na paz.